CLAUDIO PIGHIN'S COMMUNICATION AREA                        clpighin@claudio-pighin.net

Primo sito dedicato esclusivamente alla
comunicazione nell'Evangelizzazione

Home 

Autor

Informações

Livros/Textos

Vídeos

Hospedes

PASCOM

Links

ApogeOnline

News

  


Copyright © 2003 PASCOM

 

  PASCOM
Pastorale della Comunicazione

Pascom

ENCONTRO DA PASTORAL DA COMUNICAÇÃO
REALIZADO EM SANTARÉM - PA - BRASIL

Objetivo:

Refletir sobre o que a comunicação?
Pastoral da Comunicação
Organização da Pascom
Passos para organizar a Pascom.

Presentes:

Pastoral da criança; PJ; Cursilho da Cristandade; Pastoral rural; Pastoral Carcerária; Conselho de Pastoral dos Pescadores; Pastoral da Terra; Pastoral Familiar; Equipe de liturgia; Equipe diocesana da Pascom; Paróquias e áreas pastorais e também os padre Cortes José e frei Paixão.

O que falta no meio eclesial é pensar, refletir sobre ações. Para fazer comunicação temos que conhecer o ser humano. A proliferação das linguagens no mundo proporciona mais comunicação? No começo tinha a palavra. A palavra tanto escrita como falada tinham o poder. Essas duas dimensões se manifestavam na mímica, cores, gestos. Os padres em geral compreendem pouco de comunicação. A formação dos padres baseia-se na linguagem escrita e falada. Uma formação racional, dos livros, da escrita, do discurso. Na Igreja, muitas vezes, se pensa que essa experiência é absoluta. Porém está evidente que não existe apenas duas linguagem, mas várias linguagens.

Portanto, mais códigos , linguagens, mais comunicação. Hoje as pessoas são cada vez mas exigentes. Uma vez que o público está acostumado a receber mensagens com muitas linguagens, vai sempre criticar outras formas de comunicação. A mídia oferece produtos, mensagens "prontas", que impedem ou atrofiam a capacidade de pensar, criticar das pessoas. A televisão é a representação da mídia, enquanto processo de redução da capacidade de pensar das pessoas. Não se pode admitir, que ainda no meio eclesial, se acha que a mídia pensa. A mídia apresenta um ponto de vista da realidade, construída por grupos políticos e econômicos. Não se pode admitir discursos que afirmam que a mídia constrói realidades. Quem constrói realidades são as pessoas, os meios implementam e a consolidam no junto a um público.

Com a proliferação das linguagens criam-se dois caminhos: de um lado os que encontram nas linguagens a grande saída. De outro os pessimistas que vêem nas novas linguagens, a destruição das relações humanas. O caminho ideal hoje, no mundo dos mass media é colocar-se na posição de críticos, para analisar as influencias positivas e negativas da mídia contemporânea.

Quem não se comunica anula-se como ser humano. Pode entrar em um processo neurótico. A babel das linguagens conseguiu criar mais neurose, pois ela não proporciona a comunicação. Exemplo: o mundo da informática, das grandes tecnologias da comunicação, provocam solidão, isolamento. O homem está criando uma "aldeia global", um homem e uma mulher "super forte" que não precisa das pessoas, que vive sozinho, é capaz de integrar-se no mundo, através da mídia. Portanto se está surgindo um novo homem, uma nova mulher, está surgindo uma nova forma de comunicação.

Está acontecendo uma revolução. Uma nova raça, que se impõem na sociedade, com seu códigos e sua linguagem. E, nós conhecemos esse novo homem e está nova mulher? Como nos dirigimos a eles? Qual a nossa linguagem?

  1. Quais as característica do homem e da mulher de Santarém na era audiovisual?

  2. Como se relaciona e percebe a realidade na região do baixo amazonas?

  3. Como comunica e aprende?

RESPOSTAS DOS GRUPOS:

1. Questão:

  • Gostam de espetáculo, não de ler, mas de ver. Na cidade é mais comum. No interior é menos. O jovem da cidade fala e ai "brodher" e o jovem do interior fica meio perdido?

  • Eram quase que a maioria unidos, viviam em conjunto. Uma senhora no barco, com um paneiro de goiaba. Vende a goiaba e compra o produto industrializados. Mudança no comportamento. Antes era o "puxirum" hoje é mutirão; o Senhor foi substituído pelo "quier"; mãe e pai enjoados, hoje "careta"; fulano bacana, hoje 'e "dez"; hoje não é mais entendeu, mas "sacou"; antes papai e mamãe, hoje "coroa"; antes bonito, hoje "chique"; antes falava-se "como vai", hoje é "aí bicho". Hoje não se toma bênção, mas se diz "thau". Cuxirum, né, encaderer, arguns,...

  • A chegada da TV Tapajós em Santarém (20 anos), trouxe a possibilidade do público ver outras coisas, capacidade de escolha.

  • O povo está hoje mais dependente; o povo não tem iniciativas; a comunicação na família está diminuindo, hoje são as telenovelas, televivencias; a informação deixa mais informado; na análise da telenovelas, uma confusão; a menina no interior com 10 anos, já namora; geralmente quando tenta-se conservar valores, a pessoa é "careta"; a cultura do povo está sendo esquecida; os jovens estão esquecendo a cultura dos seus ancestrais; o povo segue a doutrina das televivencias; o boi de parintins não representa mais a cultura do povo, mas uma produção audiovisuais, feito de marketing.

  • O povo está com menos senso crítico. A modernidade impôs novos valores, o povo vai na "corda". Somos influenciados pela moda. O povo em geral é acomodado. O homem sofre mais a pressão dos meios de comunicação, pois a mesma está mais presente em suas vidas. O homem rural ainda está muito ligado a linguagem áudio. A cultura do povo está perdendo as raízes culturais.

  • A maioria das pessoas são imitadores, mais parecidos a papagaios. A moda influencia diretamente os jovens. A juventude não tem sonhos, ideais, sem identidade. As crianças perderam a inocência. Os jovens perderam os valores e estão ausentes da atuação política. O adulto é individualista e egoísta.

  • Os jovens são os mais afetados pela tecnologia. Os jovens se tornaram mais violentos, influencia dos meios. Os jovens estão criando os seus próprios "mundos", presença das gangs; o ser humano se tornou mais consumista. Crianças que imitam os adultos. O conhecimento é aparente, mas uma reprodução.

  • A nossa realidade, deixa de ser a única "realidade", existem vários pontos de vista da realidade.

2ª Questão:

  • Existe dificuldade de se relacionar; o individualismo é crescente. O relacionamento é mais mercantil.

  • O individualismo é crescente, frente a tanta informação.

  • Houve uma evolução no relacionamento grupal. Os filhos tem mais liberdade de aborda assuntos polêmicos com os pais.

  • Há uma sociedade consumista, individualista, porém muitos ainda mantém valores culturais.

  • Há pouco diálogo entre as famílias. Muitas pastorais, mas pouco trabalho. Ninguém se entende. Há disputa de idéias, sem ideais.

  • Hoje não é mais semana santa, mas sim o "feriadão".

  • Ainda há respeito e sinceridade, diferente dos grandes centros. O povo percebe a realidade pela TV e pelo Rádio. Consegue sentir compaixão pelo outro. O conhecimento é fragmentado. A participação na comunidade gera conhecimento.

  • Há pouco respeito dentro do ambiente familiar. Os idosos não são respeitados. Os se tornam frios e individualistas.

  • O ser humano sabe falar mais, mas comunica menos.

3ª Questão:

  • Ele aprende pelos meios de comunicação. Não gosto de ler. Prefere os grupos, que ensinam as gírias. O adulto fica meio perdido frente a tudo isso.

  • Se comunica a partir do "aqui e agora", pensando no futuro. Esquece do passado. Comunica-se inventando, contando estórias.

  • Comunica-se através dos meios e do ambiente onde vive. Através da dança e dos gestos.

  • Comunica-se conforme os meios de comunicação. São manipulados.

  • A comunicação é bastante atrofiado.

  • O povo se comunica por de cartas, sinais, gestos, pelo rádio. O rural aprende com a natureza.

  • Apesar do avanço da tecnologia está presente na região de forma desigual.

  • Há iniciativas de comunidades que buscam a comunicação participativa. Através de rádios comunitárias e outros.

  • A aprendizagem é mais teleguiadas.

  • Há sinais de comunicação mais libertadora. Os MCS não só manipulam, mas educam.

Nota: A noite o grupo assistiu a fita de vídeo: "O quarto poder".

 

Dia 12/06/1999.

Noções básicas de comunicação:

Desde os tempos mais remotos os homens procuram comunicar-se. Por que é importante comunicar-se?
E --- M --- R, através de um canal - C. O homem e a mulher são seres comunicativos não podem deixar de se comunicar. É a condição da sobrevivência humana. O homem é um ser dialogal, está aberto ao outro. É na relação com o outro é que me percebo, me reconheço.

Exposição: Pe. Claudio Pighin


O mundo de hoje, e também a realidade de Santarém, caminha para a IMPLOSAO. O homem de hoje vive uma situação de implosão. Quais são as conseqüências diante tudo isso? Há duas categorias da dimensão humana que se transformaram nos últimos anos: TEMPO E ESPAÇO. A informação é instantânea e busca a participação.

O povo de Santarém conhece mais a realidade global e menos o ambiente local, por que as informações através da mídia provém quase na totalidade de fora . A cultura e os grupos sociais tem a tendência a sumirem ou serem absorvidas e misturadas a outros filões culturais importados. Isso pode provocar alienação. Quebrar as raízes do passado. Como, então resgatar a cultura dos povos? O resgate não deve gerar conflitos. Tem que garantir a revalorização da origem do povo.

Está surgindo uma nova mulher e novo homem fragmentados. Lendo os jornais, olhando vários canais de televisão no mesmo tempo e sintonizando-se com diversas rádios cria uma lógica não linear... Este homem e esta mulher perdem a certeza e as tradições. O que é importante é aquilo que se passa pela sociedade.

Portanto, o homem fragmentado não desenvolve o seu raciocínio, mas o seu pertencer ao mundo. Sente-se bem no meio da multidão. E' o caso típico da grande festa católica do Círio de Nazaré onde uma multidão de pessoa de todo tipo de crença participa cada ano na festa de Nossa Senhora do segundo domingo de outubro. As pessoas não pensam no passado e nem no futuro, mas no imediato, o presente. O que interessa é a moda, o sucesso. Os valores estão marginalizados. Cada vez os interesses comuns estão na iniciativa privada. O homem e a mulher tendem a recorrer mais a emoção do que a razão. O surgimento das formas religiosas típicas "pentecostais-carismáticas" respondem exatamente a estas exigências. Por que? Nesta regra da emoção e do prazer, caem também os limites entre o mal e o bem, do sagrado e do profano. Como encontrar o equilíbrio? O mundo de hoje nos desafia?

É importante constatar o limite entre a razão e a emoção. O que é importante entender é a linha do discurso midiático que tem o papel de manobrar os indivíduos. A sociedade pós-moderna se constrói na base pelo discurso. A emoção maior que toca as pessoas e as transformam é a conversão pelo testemunho.

O que está sendo produzida pela cultura midiática é a manipulação da emoção, é controle das pessoas. Porém não adianta condenar os mass media, devemos orientá-los para que sejam elementos de libertação e transformação das pessoas. Temos que resgatá-los para a salvação, não para a condenação.

O que é a Pastoral da Comunicação? Visão da diocese de Santarém.

  • A Pascom é um meio que está a serviço das outras pastorais.

  • A Pascom ajuda a despertar o senso crítico.

  • A Pascom deve sair do eixo eclesial;

  • A Pascom proporciona um serviço de comunicação libertadora.

  • A Pascom é um serviço da Igreja para a Igreja e a sociedade.

  • A Pascom é a Evangelização através dos MCS.

  • A Pascom é a força que motiva os comunicadores.

  • A Pascom envolve os profissionais de comunicação.

  • A Pascom é o conhecimento da própria cidadania.

  • A Pascom ajuda a interação da Igreja com a sociedade.

  • A Pascom cuida para que a comunicação dentro e fora da Igreja seja potencializada.

  • A Pascom é a Igreja que se preocupa em se relacionar com os outros e com Deus.

  • A Pascom não pode se limitar a um grupo, mas envolver toda a Igreja.

  • A Pascom tem que ser legítima, é bom envolver os padres, leigos, bispos, freiras,...

  • A Pascom alfabetiza sobre as linguagens que estão se proliferando em nosso meio.

  • A Pascom tem que dialogar com os profissionais de comunicação, ouvi-los, tentar entrar na realidade deles.

  • A Pascom não deve excluir ninguém. Não é auto-suficiente, deve ouvir e está a serviço do povo, da comunidade, paróquia, área, diocese,...

  • A Pascom deve ajudar a questionar a ação comunicativa da Igreja.

  • A Pascom deve está atualizada a respeito daquilo que está acontecendo na sociedade. Fatos e informações.

  • A Pascom deve orientar as paróquias para que possam se tornar mais comunicativa.

  • A Pascom deve ter a capacidade de se comunicar.

NOTA: A formação presbiteral ainda não saiu da era da "caneta", enquanto a sociedade está na era "audiovisual".

Não se pode fazer uma pastoral dos meios de comunicação. A Pascom envolve o processo básico de comunicação. A Pascom não é uma pastoral a mais, mas aquela que viabiliza as outras pastorais. É a pastoral do amor por que responde e sustenta a vida.

Painel: Trabalho de Comunicação desenvolvidos na diocese:

1º boletim - 1977

A produção de meios de comunicação esta relacionada a impressos (boletins, folders, cartazes), fotografias, livretos e produção incipiente de vídeos. Portanto, a linguagem predominante na Igreja de Santarém é a impressa (oralisada), apesar de constatada que na sociedade do baixo amazonas, a linguagem audiovisual é predominante. A era gutenberguiana é predominante, sobre a cultura midiática na diocese embora que tenham uma emissora de rádio e uma retransmissora de TV.

NOTA: Depoimento de uma jovem que contou sua experiência como uma apresentadora de rádio e televisão, sem preparação. Foi uma frustração.

Histórico da Pascom no Norte 2. Diagnóstico da realidade, discussão no espaço eclesial, elaboração de um projeto da Pascom, discutir e debater nas dioceses/prelazias.

Encontro da pastoral da Comunicaçäo Realizado em Santarem - PA - BRASIL

La qualità della parola cristiana

  

 

Pensiero del giorno